Seria um sonho... sair do trabalho lá em São José, a cerca de 80 km do litoral, passar em casa, largar umas coisas, pegar outras e ir de encontro e ele, nem que fosse pra dar uma espiada, sentir a maresia ou receber uns bons fluídos de Janaína... Parece loucura...
A última era glacial abriu várias feridas no território da Noruega. O gelo que ia se derretendo e se escorregando em direção ao oceano rasgou várias partes do país. Pra fechar estas feriadas o mar se encarregou de seguir interior a dentro, criando os fiordes. Por isso, viver lá, a cerca de 80km do litoral pode não significar viver longe de uma praia. Se Maomé não vai à montanha, a montanha vem até Maomé.
Como quase nada pode ser perfeito, a temperatura da água nas regiões escandinávias não é convidativa a um banhinho de mar depois do trabalho, ou em qualquer hora do dia... mas valem a maresia e o visual.
Eu desembarquei em Trondheim na quinta a noite. Fui visitar meu irmão, aproveitando o fato de não trabalhar às sextas e de que, por aqui, depois do domingo de Páscoa há o feriado do segundo dia de Páscoa. O Daniel, depois de alguns períodos de vai e vem, está vivendo na Noruega desde de fevereiro.
Era a primeira noite de primavera mas ruas e calçadas ainda estavam cobertas de gelo. Foi muito bom ver meu irmão em sua nova casa, ver que ele está tocando a vida bem e feliz.
Nos três primeiros dias fomos pra montanhas, eu pra esquiar e ele fazendo snowboard. Como era engraçado olhar pro meu lado, na verdade na maioria das vezes tinha que olhar pra frente, pois o Daniel tá mandando muito bem e por isso eu acabava ficando pra trás... mas bem, era engraçado nos ver ali e ao mesmo tempo me lembrar de quando éramos crianças e corríamos juntos nas ruas perto de casa. Os mesmos pés que ganharam juntos os primeiros pares de chuteiras, passaram o dia todo gastando uma bola num campinho atrás de casa e imaginando que elas eram as maiores conquistas existentes no mundo, deslizavam hoje, novamente juntos, montanhas geladas em Vassfjellet.
Esquiar é uma ato familiar, as crianças ainda nem bem conseguem caminhar e já estão acompanhadas dos pais e as vezes dos avós calçadas num par de esquis. É bacana ver como as pessoas aproveitam o inverno juntas. Muitas famílias subiam os elevadores com uma mochila bem grande e no meio da descida paravam num canto qualquer, abriam um cobertor sobre a neve e aproveitavam ali o dia de sol. Como se estivessem numa parque qualquer. Churrasqueiras portáteis queimavam adoidado...
Por vezes eu cheguei a me imaginar em Minas Gerais, pra onde olhava via morros, era ladeira pra tudo o quanto é lado. Pra chegar à casa do Daniel tinha que subir... pra sair, descer. Viver por lá é um constante exercício de tonificação muscular das pernas e bunda. Mas diferente de Minas os morros não eram verdes da cor dos nossos pastos, mas branquinhos... e em vez da variedade de árvores do que restou de nossas florestas e uma grande predominância de pinheiros.
Eu nunca tinha visto o encontro do mar com montanhas cobertas de neve... impressiona. Eu não sabia que patos gostavam de água salgada! Fiquei ainda mais tentado a conhecer outros cantos da Noruega com montanhas ainda mais altas a beira dos fiordes.
Aproveitando as ótimas condições do clima no feriado. Com máximas de cerca de - 2 graus fomos fazer um churrasquinho na beira do mar. Pode parecer mentira, mas mesmo com tanto frio, num dia de Sol e sem vento é possível até pra dois irmão brasileiros aproveitar o dia ao ar livre. As salsichas assadas ficaram deliciosas, o refri estava sempre geladinho... era difícil querer ir embora.
Foram muito bons meus dias por lá. Vi mais uma vez como nós podemos viver e aproveitar a vida em condições bem diferentes das que normalmente conhecemos, condições que pra muitos seriam inaceitáveis. Voltei pra casa feliz. Feliz por ter conhecido mais um pedacinho deste mundo e, principalmente, por ter estado lá com meu irmão. Como já falei, foi bom ter visto que ele vai levando tudo numa boa, que ele está batalhando e conquistando seus objetivos.
A última era glacial abriu várias feridas no território da Noruega. O gelo que ia se derretendo e se escorregando em direção ao oceano rasgou várias partes do país. Pra fechar estas feriadas o mar se encarregou de seguir interior a dentro, criando os fiordes. Por isso, viver lá, a cerca de 80km do litoral pode não significar viver longe de uma praia. Se Maomé não vai à montanha, a montanha vem até Maomé.
Como quase nada pode ser perfeito, a temperatura da água nas regiões escandinávias não é convidativa a um banhinho de mar depois do trabalho, ou em qualquer hora do dia... mas valem a maresia e o visual.
Eu desembarquei em Trondheim na quinta a noite. Fui visitar meu irmão, aproveitando o fato de não trabalhar às sextas e de que, por aqui, depois do domingo de Páscoa há o feriado do segundo dia de Páscoa. O Daniel, depois de alguns períodos de vai e vem, está vivendo na Noruega desde de fevereiro.
Era a primeira noite de primavera mas ruas e calçadas ainda estavam cobertas de gelo. Foi muito bom ver meu irmão em sua nova casa, ver que ele está tocando a vida bem e feliz.
Nos três primeiros dias fomos pra montanhas, eu pra esquiar e ele fazendo snowboard. Como era engraçado olhar pro meu lado, na verdade na maioria das vezes tinha que olhar pra frente, pois o Daniel tá mandando muito bem e por isso eu acabava ficando pra trás... mas bem, era engraçado nos ver ali e ao mesmo tempo me lembrar de quando éramos crianças e corríamos juntos nas ruas perto de casa. Os mesmos pés que ganharam juntos os primeiros pares de chuteiras, passaram o dia todo gastando uma bola num campinho atrás de casa e imaginando que elas eram as maiores conquistas existentes no mundo, deslizavam hoje, novamente juntos, montanhas geladas em Vassfjellet.
Esquiar é uma ato familiar, as crianças ainda nem bem conseguem caminhar e já estão acompanhadas dos pais e as vezes dos avós calçadas num par de esquis. É bacana ver como as pessoas aproveitam o inverno juntas. Muitas famílias subiam os elevadores com uma mochila bem grande e no meio da descida paravam num canto qualquer, abriam um cobertor sobre a neve e aproveitavam ali o dia de sol. Como se estivessem numa parque qualquer. Churrasqueiras portáteis queimavam adoidado...
Por vezes eu cheguei a me imaginar em Minas Gerais, pra onde olhava via morros, era ladeira pra tudo o quanto é lado. Pra chegar à casa do Daniel tinha que subir... pra sair, descer. Viver por lá é um constante exercício de tonificação muscular das pernas e bunda. Mas diferente de Minas os morros não eram verdes da cor dos nossos pastos, mas branquinhos... e em vez da variedade de árvores do que restou de nossas florestas e uma grande predominância de pinheiros.
Eu nunca tinha visto o encontro do mar com montanhas cobertas de neve... impressiona. Eu não sabia que patos gostavam de água salgada! Fiquei ainda mais tentado a conhecer outros cantos da Noruega com montanhas ainda mais altas a beira dos fiordes.
Aproveitando as ótimas condições do clima no feriado. Com máximas de cerca de - 2 graus fomos fazer um churrasquinho na beira do mar. Pode parecer mentira, mas mesmo com tanto frio, num dia de Sol e sem vento é possível até pra dois irmão brasileiros aproveitar o dia ao ar livre. As salsichas assadas ficaram deliciosas, o refri estava sempre geladinho... era difícil querer ir embora.
Foram muito bons meus dias por lá. Vi mais uma vez como nós podemos viver e aproveitar a vida em condições bem diferentes das que normalmente conhecemos, condições que pra muitos seriam inaceitáveis. Voltei pra casa feliz. Feliz por ter conhecido mais um pedacinho deste mundo e, principalmente, por ter estado lá com meu irmão. Como já falei, foi bom ter visto que ele vai levando tudo numa boa, que ele está batalhando e conquistando seus objetivos.
3 comentários:
Eu me lembro de um dia há muitos anos quando levei voces para escorregar num morro de terra vermelha em Volta Redonda e voces ficaram com a roupa toda suja mas estavam muito felizes... Agora voces estão escorregando por outros morros... mas continuam felizes...
Aê Felipão, blz? Ao ler o texto fiquei com uma puta saudade da Rep Tropeiros no seu auge. Um abraço!
Waldir
rapaz... nos tempos da família mota em terras brasileiras, churrasco tinha cerveja e carne (picanha, maminha e linguiça). Agora, na noruega, salsicha e sprite. Quanta diferença...
Pelo menos na parte de manter a bebida gelada tudo continua parecido (aqui, a breja sempre tava numa temperatura agradável).
O Eusouminhashistórias, por indicação do Daniel, já tá lincado no Futepoca Vi que você não tem blogroll (lista de links)... mas quando você inaugurar, a gente agradece a recomendação pro futepoca...
Abraços
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