Nesta vida não tenho muitas conquistas materiais, porém as histórias são diversas. Quem eu seria sem minhas histórias? Não seria eu.

domingo, 9 de março de 2008

Pimentão à brasileira

Porto, maio de 2003


Bem, finalmente depois de um longo e tenebroso inverno de muita chuva, mas muita mesmo... o Sol vem já a alguns dias dando sua graça aqui no Porto. Tanto que no final de semana passado recebi um convite irrecusável para ir passar o domingo numa praia aqui perto, em Espinho.
Irrecusável, primeiro porque adoro praia, em domingo de Sol então nem se fala... e também porque recebi o convite de uma holandesa, pra acompanhar ela e algumas amigas até lá... eu era o único homem meio de oito mulheres, tinham duas italianas, duas finlandesas, três polacas e a holandesa. Somente um pessoal, com exceção das italianas, “extremamente” acostumado com Sol. Quando a gente pensa numa pessoa destas passando um dia na praia logo vem aquela imagem dos europeus, que a principio possuíam a pele branca feito uma vela, completamente vermelhos, feito pimentões, todos ardidos... essas coisas....
Pois é, pensando nisto o que deve ter acontecido no final do dia? Ao imaginar uma situação destas logo se vê: um brasileiro rindo dos europeus todos fudidos, fazendo piadinhas, ainda mais quando eles não compreendem muito o que dizemos...
É... mas as européias do norte, fazendo jus à falta de adaptação à praia, e mantendo aquele estereótipo que temos, passaram o dia tomando sol de roupa, algumas até de calça e blusa, além de chapéus, cata-ovos e muito protetor solar. Enquanto o cabeçudo pensou: “um Solzinho deste aqui não bota medo em mim”. Passei o dia todo de sunga, pra matar as saudades... protetor então... pra que? “Este Sol” não queima...”
Quando resolvemos ir embora, peguei minha mochila, joguei-a nas costas... só deu pra sentir elas arderem... na hora veio na minha cabeça os oito meses que não tomava Sol nas costas... tive que tirar o mochila e carregá-la nas mãos. Nada podia tocar em minhas “rosadas” costas, nada mesmo, botar a camiseta pra entrar no trem e voltar pro Porto foi terrível...mas nada foi pior do que estar todo fudido, feito um pimentão ouvindo piadinhas de uma holandesa...

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