Porto, maio de 2003
Bem, finalmente depois de um longo e tenebroso inverno de muita chuva, mas muita mesmo... o Sol vem já a alguns dias dando sua graça aqui no Porto. Tanto que no final de semana passado recebi um convite irrecusável para ir passar o domingo numa praia aqui perto, em Espinho.
Irrecusável, primeiro porque adoro praia, em domingo de Sol então nem se fala... e também porque recebi o convite de uma holandesa, pra acompanhar ela e algumas amigas até lá... eu era o único homem meio de oito mulheres, tinham duas italianas, duas finlandesas, três polacas e a holandesa. Somente um pessoal, com exceção das italianas, “extremamente” acostumado com Sol. Quando a gente pensa numa pessoa destas passando um dia na praia logo vem aquela imagem dos europeus, que a principio possuíam a pele branca feito uma vela, completamente vermelhos, feito pimentões, todos ardidos... essas coisas....
Pois é, pensando nisto o que deve ter acontecido no final do dia? Ao imaginar uma situação destas logo se vê: um brasileiro rindo dos europeus todos fudidos, fazendo piadinhas, ainda mais quando eles não compreendem muito o que dizemos...
É... mas as européias do norte, fazendo jus à falta de adaptação à praia, e mantendo aquele estereótipo que temos, passaram o dia tomando sol de roupa, algumas até de calça e blusa, além de chapéus, cata-ovos e muito protetor solar. Enquanto o cabeçudo pensou: “um Solzinho deste aqui não bota medo em mim”. Passei o dia todo de sunga, pra matar as saudades... protetor então... pra que? “Este Sol” não queima...”
Quando resolvemos ir embora, peguei minha mochila, joguei-a nas costas... só deu pra sentir elas arderem... na hora veio na minha cabeça os oito meses que não tomava Sol nas costas... tive que tirar o mochila e carregá-la nas mãos. Nada podia tocar em minhas “rosadas” costas, nada mesmo, botar a camiseta pra entrar no trem e voltar pro Porto foi terrível...mas nada foi pior do que estar todo fudido, feito um pimentão ouvindo piadinhas de uma holandesa...
Nesta vida não tenho muitas conquistas materiais, porém as histórias são diversas. Quem eu seria sem minhas histórias? Não seria eu.
domingo, 9 de março de 2008
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