Porto, 28 de outubro de 2002
Pois é...eu nestes meus 23 anos de vida SÓBRIA, achava que já tinha passado, ou melhor, já tinha visto de tudo nos finais de festa... Dirijir o carro de bêbados é uma rotina, já tive que parar o carro em um ponto de Travestis, para um amigo gorfar, dar muito banho frio, de mangueira é lógico, entre muitas outras coisas que já fiz, cheguei a acreditar que não poderia ver mais nada de diferente...mas este final de semana aconteceu uma coisa, que eu nunca esperava que fosse ocorrer...eu estava numa festa, na casa de uns italianos. Como quase sempre, no final da festa eu era a única pessoa sóbria do local. A festa tava uma putaria. Já tinha me acontecido coisas alí pelas quais ainda não tinha passado em outras festas. Ela estava cheia de estrangeiros e estrangeiras malucos, perto do final, quando quase todas as pessoas já tinham ido embora, eu ouço, uma italiana sair de um quarto, xingando tudo e mais um pouco.
Ela começou a conversar com outra italiana perto de mim. Como convivo com muitos italianos eu já compreendo um pouco o que eles dizem, por isto percebi o que ela falava. Ela dizia queo "ele tinha gozado dentro, e eles tinham feito sem camisinha"... Não... Ele estava breaco, mas não conseguia acreditar que ele tinha chegado a este ponto. Nisto eu levantei e ví um amigo brasileiro, que deu uns “pegas” na italiana durante a festa, saindo do quarto, completamente breaco e com uma cara de merda...
Como sempre, sobra pro amigo que tá sóbrio...saímos eu a italiana e o breaco do meu amigo as 5:30 da matina pra procurar uma farmácia aberta e comprar uma pílula do dia seguinte. No começo eu não fiquei nem um pouco contente com a situação, mas logo ela começou a ficar divertida, andávamnos eu e a italiana, que estava desesperada, na frente e o breaco do brasileiro um poucoatrás, sempre balançando a cabeça e dizendo: "que merda, que merda..." Eu vendo aquilo comecei a me divertir. Logo me lembrei que tinha comigo algumas camisinhas, pois, pra não correr o risco de passar vontade ou fazer o mesmo que meu prezado amigo, sempre ando com algumas, por isso disse a italiana que tinha um presente pra ela e as dei... a cara da mina foi uma das mais engrassadas que eu já vi... passamos por algumas farmacias, mas todas fechadas até uma que tinha um casal, esperando pra ser atendido, pensei: "mais um..." Dito e feito, quando pedi as pilulas a mulher disse que tinha vendido as ultimas. Falei a italiana que deveríamos pegar um taxi e pedir pro taxista nos levar até uma farmácia aberta. No caminho fui eu na frente e os dois atrás, um olhando pra sua respectiva janela, e o breaco do brasileiro continuava balançando a cabeça e dizendo: "que merda, que merda..."
No final encontramos a farmacia, compramos as pílulas e voltamos pra casa, no lugar da festa. Ao chegar a italiana foi correndo previnir algum risco de virar mamãe e eu me virei pra meu amigo disse: "na boa, agora que você não vai ser mais papai, vai pra sua casa dormir que você ganha mais". Só ouvi: "que merda..." e ele foi direto pro banheiro vomitar.
Eu fui contiuar com a festa que pra mim ainda não tinha acabado, mas ainda deu pra ouvir meu amigo gorfando algumas vezes... Só fico imaginando uma coisa, a ressaca que o cara teve deve ter sido a pior da vida dele...
Nesta vida não tenho muitas conquistas materiais, porém as histórias são diversas. Quem eu seria sem minhas histórias? Não seria eu.
domingo, 9 de março de 2008
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