Nesta vida não tenho muitas conquistas materiais, porém as histórias são diversas. Quem eu seria sem minhas histórias? Não seria eu.

domingo, 9 de março de 2008

Mini-encontro

São Paulo, agosto de 2005

Então é assim...
Pra mim uma das grandes mágicas do Porto foi fazer com que pessoas completamente diferentes umas das outras, fossem elas paulistas, cariocas, cearenses, pernambucanas, baianas, gaúchas, italianas, espanholas, holandesas e por aí a fora, pudessem por uma determinado período de tempo compartilhar os mesmos objetivos de vida. Isto, pra mim, fez com que nossas vidas se relacionassem de maneira muito intensa... foi assim que dividimos experiências... foi assim que nos tornamos grandes cúmplices de uma mesma aventura.
Hoje em dia, passados mais de dois anos, todos voltaram a cultivar e seus próprios objetivos (objetivos que pelo menos no meu caso são completamente diferentes daqueles que eu tinha antes de desembarcar em Portugal), o rumo de nossas vidas, como antes de nos conhecermos no Porto, voltou a se separar. Felizmente a magia daquele ano ainda vive em todos.

Sábado a tarde e lá estava eu, sentado em baixo do MASP, com mais de hora pro horário combinado. Muitas coisas passavam em minha cabeça, muitos encontros que tivemos no Porto voltaram a minha memória, eu ria sozinho.
Coisa bastante estranha nestas horas de reencontro é que o tempo dá um salto... As despedidas pereciam ter sido “ontem”! De repente meus amigos foram chegando... Léo, Caquinha, Kemilis, Dê, Luiz... que loucura!!! Estes encontros aconteciam na rua da Maternidade, na Ribeira, na Cordoaria, na Dom Pedro V e pelo Porto afora, mas naquele dia estávamos ali, na Avenida Paulista!

Como um bom encontro paulistano, ele foi se desenrolar acompanhado de vários goles de cerveja (e alguns de guaraná) num barzinho qualquer...

- Alô.
- Oi Lu, aqui quem fala é o Felipe.
- Hum?!
- O Felipe... o Fê... lá do Porto. Estou sentado aqui na Rua Augusta com o pessoal do Porto. Vem pra cá !
- O que? Como é que é? Onde? Quem ta aí?

Algum tempo depois a Lu se juntava a nós e começamos a rodada do “1 minuto”. Fizemos uma brincadeira, em que todos teriam um tempo (que nem de longe foi 1 minuto) pra falar sobre o que aconteceu desde a chegada ao Brasil e sobre os planos pro futuro.
A conversa foi deliciosa. Muitas risadas de histórias conhecidas, surpresas por outras até então desconhecidas... O tempo passou rápido. Mais uma despedida que chegava... Todos pegaram novamente seus caminhos. Foram fazer suas provas. Entrar na correria do dia a dia, correria esta que por uma tarde tinha cessado, tinha dado lugar aquele reencontro.
No dia seguinte me encontrei ainda com a Caquinha. Fomos passear pelo centro de São Paulo. Aprendi mais um pouco de arquitetura, contei muitas histórias, matei mais um pouco de saudade de uma grande amiga.
Na despedida ficou um “até qualquer dia”... Quando este dia vai ser não faço a menor idéia... Se demorar bastante pra acontecer não vai ser tão mal assim, afinal pior será se este dia não chegar. E mesmo que demore, tenho certeza que como num passe de mágica, vai ser como se “tudo tivesse ocorrido ontem”.

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