Eu viajava de volta pra Amsterdam... ia chegar por lá e aproveitar uma tarde longa de primavera fazendo um piquenique com a Susanne no Westerpark.
Eu tinha almoçado com um amigo e a volta pra Amsterdam duraria cerca de uma hora e meia... viagem longa por aqui.
Com mais cerca de meia hora pra chegar, sentam-se duas holandesas ao meu lado. Eu que já estava longe, olhando perdido pela janela, ao perceber que aquelas duas no auge de seus 18 ou 20 anos não ficariam um segundo sem abrir a boca, fui mais longe ainda. Elas estavam no pleno exercício da capacidade feminina de falar.
Apesar de eu estar entendendo o holandês a cada dia melhor, me desligar do que se passa ao meu redor por aqui ainda é muito mais fácil que no Brasil, por isso, sem muita dificuldade... fui procurar morros na paisagem que passava.
Alguns minutos antes de chegar à estação central telefono pra Susanne. Falava com ela em português quando fui atraído pela conversa das holandesas.
- Que idioma ele está falando?
- Parece espanhol...
- Acho que não!
- Poderia ser italiano.
- Italiano não é.
- Mas ele poderia ser um espanhol.
- Isso é verdade. Mas não faço idéia de que...
Cortei a fala dela com uma pergunta em holandês pra Susanne. Não olhei pra elas diretamente, fiz de sacanagem, me portei como se elas não estivessem ali, mas as espiava com o canto dos olhos. Elas não sabiam o que fazer, a garota sequer completou sua pergunta. Até eu terminar meu telefonema foi um silêncio só aquele vagão. Os outros passageiros devem ter ficado aliviados.
Logo ao desligar o telefone disse:
- Era português - de uma forma séria... mas com uma risada no final.
Eu tinha almoçado com um amigo e a volta pra Amsterdam duraria cerca de uma hora e meia... viagem longa por aqui.
Com mais cerca de meia hora pra chegar, sentam-se duas holandesas ao meu lado. Eu que já estava longe, olhando perdido pela janela, ao perceber que aquelas duas no auge de seus 18 ou 20 anos não ficariam um segundo sem abrir a boca, fui mais longe ainda. Elas estavam no pleno exercício da capacidade feminina de falar.
Apesar de eu estar entendendo o holandês a cada dia melhor, me desligar do que se passa ao meu redor por aqui ainda é muito mais fácil que no Brasil, por isso, sem muita dificuldade... fui procurar morros na paisagem que passava.
Alguns minutos antes de chegar à estação central telefono pra Susanne. Falava com ela em português quando fui atraído pela conversa das holandesas.
- Que idioma ele está falando?
- Parece espanhol...
- Acho que não!
- Poderia ser italiano.
- Italiano não é.
- Mas ele poderia ser um espanhol.
- Isso é verdade. Mas não faço idéia de que...
Cortei a fala dela com uma pergunta em holandês pra Susanne. Não olhei pra elas diretamente, fiz de sacanagem, me portei como se elas não estivessem ali, mas as espiava com o canto dos olhos. Elas não sabiam o que fazer, a garota sequer completou sua pergunta. Até eu terminar meu telefonema foi um silêncio só aquele vagão. Os outros passageiros devem ter ficado aliviados.
Logo ao desligar o telefone disse:
- Era português - de uma forma séria... mas com uma risada no final.
Elas riram também, de uma forma aliviada, por ver que eu me diverti com aquilo.
- Bem que eu achei que você poderia ser português mesmo - disse uma delas.
- Você tinha dito que eu poderia ser é espanhol – preferi deixar pra lá este comentário... uma segunda tirada na sequência não era necessário. Foi melhor dizer apenas que era brasileiro e em vez de português.
Os outros passageiros devem ter voltado a ficar incomodados... mas agora, eram três os que falavam.
Um comentário:
Felipe! Quem escreve é a Fabiana, irmã da Mariana, que morava lá no Jardins II! Seu irmão tinha comentado sobre o seu blog lá no meu, e só agora consegui vir conhecer. Muito bacana este espaço! Muito bacana mesmo...Linquei vc no meu blog, tudo bem? Um beijo grande.
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